COMO SURGIU O PROJETO KARIBANTU:
O Projeto KARIBANTU, surgiu a partir da troca de experiências e diálogos mantidos pelo Educador Popular, Escritor e Pesquisador, Libânio Francisco, através das ações desenvolvidas pelo INSTITUTO CULTURAL RAÍZES em Floresta e região, desde abril de 2010, com remanescentes quilombolas de Floresta, seguido do contato que gerou um breve documentário com o Povo Atikum das Aldeias Olho D’água do Padre e Areia dos Pedros em 2011; da vivência em Mirandiba com o Ponto de Cultura VIVENDO CULTURA e o Grupo Cultural Zumbi dos Palmares entre 2010 e 2012; da vivência do Projeto Encontro de Tradições Culturais das Comunidades Rurais de Floresta, em 2011/2012; do documentário sobre a Dança do São Gonçalo nas Comunidades da Malhada Vermelha e Jardim, em Floresta, no ano de 2011/2012; com os contatos com a Comunidade de Cachauí no Ibó, município de Belém do São Francisco, por ocasião do Micro Projeto Raízes Negras, ano de 2011; na troca de vivências culturais com o Povo Pankará, em especial na Aldeia Lagoa, em 2018 e 2019; dos diálogos com os grupos culturais das Comunidades Quilombolas de Petrolândia, em 2017 a 2019 e, Poço Dantas e Enjeitado em Inajá, no ano de 2019.
Além dos contatos e trocas de experiências já mencionadas, seguiu-se uma significativa pesquisa na internet, de artigos e documentos que trouxesse como referência esse processo histórico dos povos indígenas e negros no sertão de Pernambuco.
Por outro lado, o diálogo mantido com várias lideranças e referências (os mais velhos), proporcionou uma importante compreensão da relação produzida entre os povos. Desses diálogos, destacam-se as conversas com o Pajé Augusto do Povo Atikum, do Pajé Manoel Caxiado, do Povo Pankará e, com Dona Guiomar (em memória) da Comunidade Quilombola Raízes Negros do Pajeú, em Floresta/PE.
A idealização do Projeto, vem tomar corpo definitivo, no segundo semestre de 2020, com a realização de diálogos através de lives, no contexto do Projeto TV RAÍZES DA CULTURA, com várias lideranças e jovens indígenas dos Povos: Pankará, Atikum, Pankararu, Truká, Kambiwá e Tuxá, cujos diálogos se deram em torno da arte, da cultura e da tradição dos povos mencionados.
No contexto desses diálogos e por ocasião da Lei Aldir Blanc, o Projeto KARIBANTU, foi selecionado no Edital aberto pela Secretaria Estadual de Cultura de Pernambuco.
O NOME DO PROJETO
A escolha do nome KARIBANTU, tem relação direta com a pesquisa realizada onde encontra-se referências sobre os povos de Matriz Linguística Kariri, também chamados de Povos Kariris, ou ainda Tapuias/Tapuios; ou seja KARI (da Kariri) e BANTU (pela origem dos africanos trazidos em maior número para serem escravizados na região e que são dos povos compreendidos entre os países atuais de Angola e Congo, pertencentes aos Povos do Tronco Linguístico BANTU).
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